A dominância coronária em suínos tem sido pouco avaliada. Descreveram-se as frequências de cada um dos tipos, mas não detalharam as diferentes expressões de cada um deles. O objetivo deste estudo foi caracterizar a dominância coronária em suínos de raças comerciais. Avaliaram-se 158 corações de suínos. As artérias coronárias (AC) foram infundidas através da canalização dos seus ostium com resina sintética (Palatal 85% e Estireno15%). Para estabelecer o tipo de dominância coronária, determinou-se de qual coronária desprendia-se a artéria interventricular posterior (AIP) e o lugar de finalização das artérias circunflexa (ACX) e do ramo retro ventricular esquerdo (RRVI). Encontrou-se dominância coronária direita em 105 corações (66%) e circulação balanceada em 53 exemplares (34%). Não foi observada a dominância coronária esquerda nos corações estudados. O calibre proximal e médio da ACD nos casos de dominância coronária direita foi de 3,84 ± 0,80 mm. Por outro lado, encontrou-se que este mesmo calibre nos corações com dominância coronária balanceada foi de 3,97 + 0,79 mm. (p=0,88). A ACX finalizou-se na face posterior do ventrículo esquerdo em 101 amostras (64%) e na crux cordis em 55 exemplares (34,8%). A AIP emergiu em todos os casos da ACD sendo comprida em 105 corações (66%) dos quais 55% correspondia a machos e 45% a fêmeas, sem que esta diferença fosse estatisticamente significativa (p=0,77). A AIA finalizou-se no ápice em 126 exemplares (80%), dos quais 71 (56%) corresponderam a machos e 55 (44%) a fêmeas (p=0,74). Com relação à dominância coronária direita, observou-se o subtipo I em 98 exemplares (93,3%) com um ramo retro ventricular esquerdo (RRVI) curto; o subtipo II foi observado em 5 casos (4,8%) nos quais a RRVI alcançou o terço médio do ventrículo esquerdo. Somente em dois casos (1,9%) observou-se o subtipo III. O conhecimento dos padrões de dominância coronária e seus territórios irrigados são úteis para o treinamento em modelos experimentais e hemodinâmicos que utilizem esta espécie animal.

Coronary dominance in swine has been poorly evaluated. The frequencies of each type of dominance have been described, but few details have been given as to the different expressions of each one. The aim of this study was to characterize coronary dominance in commercial breed swine. One hundred and fifty eight pig hearts were evaluated. The coronary arteries (CA) were infused with synthetic resin (Palatal 85% and Styrene15%) through the ostia after channeling. The coronary artery that gives origin to the posterior interventricular artery (PIA), and the site of termination of both the circumflex arteries (CXA), and left retroventricular branch (LRVB) were determined in order to establish the coronary dominance pattern. Right coronary dominance was found in 105 hearts (66.5%), and a balanced circulation in 53 specimens (33.5%). No dominance was observed for the left coronary artery in the hearts studied. The CXA ended on the posterior aspect of the left ventricle in 101 samples (64%) and on the crux cordis in 55 specimens (34.8%). In two specimens (1.3%) it ended as a left marginal artery. In all cases the PIA was a branch of the RCA, and was long in 105 hearts (66%), 55% of which corresponded to males and 45% to females, but this difference was not statistically significant (p=0.77). The AIA ended on the apex in 126 specimens (80%), 71 of which (56%) corresponded to males and 55 (44%) to females (p=0.74). Regarding right coronary dominance, subtype I was observed in 98 specimens (93.3%), subtype II in 5 cases (4.8%), whereas subtype III was observed in 2 hearts (1.9%). Knowing coronary dominance patterns and their irrigation territories is useful for training purposes based on the use of experimental and hemodynamic models with this animal species.